A análise de risco ambiental visará identificar os factores de risco decorrentes de uma determinada actividade e estabelecer a probabilidade de estes afectarem o Homem e o Ambiente, bem como actividades e estruturas.

Estes estudos serão realizados em duas fases, sendo a primeira a de identificação de factores e de mecanismos de risco decorrentes da actividade, quer pela caracterização experimental da situação actual (amostragem e caracterização de água e de solos, efluentes descarregados, sedimentos, solos e biota, caracterização hidrogeológica e ecotoxicológica), quer por estudo do histórico da área em estudo, quanto à sua ocupação e registo de fenómenos de contaminação sistemáticos ou acidentais.

A LQA poderá efectuar estes estudos de acordo com os Guias Normalizados da ASTM International E 2081-00 E 2205/E 2205M-02 (Eco-RBCA).

Seguir-se-á uma segunda fase de integração e alimentação desse conjunto de dados em modelos de avaliação de risco que considerarão as seguintes três grandes linhas de mecanismos de exposição:

  • Serão avaliados os riscos decorrentes
  • As previsões de exposição de modelização obtidas serão classificadas quer por recurso a bases de dados toxicológicas genéricas, quer por estabelecimento de linhas de base de risco (ou níveis-alvo para uma eventual remediação ) específicas para os locais em estudo, e considerando quer riscos de contaminantes individualizados quer riscos de efeitos cumulativos. Estes riscos serão, ainda, analisados de acordo com os mecanismos carcinogénicos e não-carcinogénicos.
  • A modelização será feita por recurso a diversos modelos de transporte, reacção, biodisponibilidade e metabolização dos contaminantes previamente considerados como de risco potencial, entre os quais se destaca uma bateria de modelos aprovados pela U.S. EPA (com origem na própria US EPA ou na ASTM), reunidos e integrados em ferramentas de modelização entre as quais destacamos  o modelo RBCA – Risk Based Corrective Action, da GSI- Environmental.