• Compostos Orgânicos Voláteis — sólidos ou líquidos que, contendo Carbono Orgânico na sua estrutura molecular, apresentam tensões de vapor superiores elevadas (por definição, superiores a 0,01 psia, à temperatura normal) e temperaturas de ebulição até 260°C, à pressão atmosférica normal. Nesta classificação, enquadra-se a maioria dos compostos orgânicos com cadeias inferiores a 12 átomos de Carbono.
    Emissões fugitivas — transferência para a atmosfera de compostos orgânicos, sob a forma de gases ou de vapores, provocada pela não estanquidade de equipamentos e condutas.
    As emissões fugitivas de Compostos Orgânicos Voláteis em grandes instalações industriais revestem-se de grande significado sob os pontos de vista:
    económico
    ambiental
    da higiene e segurança
    sendo a sua redução contemplada pela legislação comunitária.
    Objectivo
    Torna-se, assim, necessário para estas unidades industriais monitorizar as emissões fugitivas estimar e quantificar economicamente as emissões fugitivas ajustar programas de manutenção preventiva e remediativa, e adoptar medidas técnicas e boas práticas visando a diminuição das emissões fugitivas
    Metodologia
    •Abordagem estatística para a estimativa de emissões fugitivas, designada por “Monitorização de Fontes – Método de Correlações” – U.S. EPA.
    •Abordagem baseada na monitorização por amostragem, das concentrações de COV´s em pontos precisos dos diversos equipamentos a estudar. As fugas são estimadas por recurso a equações de correlação estabelecidas.
    •Os trabalhos são baseados na Norma Europeia EN 15446:2008, bem como nos métodos quantitativos admitidos por essa norma, nomeadamente, os estabelecidos pela U.S.EPA (Protocol for Equipment Leak Emission Techniques – EPA-453/R-95-017) que define os métodos correlativos de emissão, e as revisões actualizadas dos algoritmos correlativos.
    A Norma Europeia 15446:2008
    • define métodos de amostragem e análise
    • define os critérios de aceitabilidade do desempenho do equipamento analítico
    • define métodos de cálculo
    • define a sua própria aplicabilidade
    ! A Norma é aplicável às medições de emissões fugitivas de compostos orgânicos voláteis de equipamento processual. As fontes de fuga incluem, de forma não exclusiva:
    • válvulas
    • flanges
    • outras conexões
    • sistemas de escape de pressão
    • drenos
    • válvulas de terminal aberto
    • empanques de bombas e compressores
    • empanques de agitadores
    • vedantes de portas de acesso
    A Norma é aplicável a todos os produtos que contenham, pelo menos, 20% (em massa), componentes cuja pressão de vapor exceda os 0,3 kPa a 20°C.
    Na indústria petrolífera, esta definição inclui todos os produtos “leves” e exclui o querosene e todos os produtos mais pesados.
    A Norma não define limites de fuga nem estabelece frequências de monitorização.
    Amostragem
    A definição de emissão fugitiva será baseada na Concentração Medida (Tipo I) ou Não Detectável (Tipo II) (pontos 8.3.1. e .2 do US EPA METHOD 21).
    Para cada equipamento analisado são efectuadas as amostragens/medições interfaciais e as medições das concentrações ambientais da envolvente ao equipamento – EPA-453/R-95-017 (Nov 1995, “Protocol for Equipment Leak Emission Estimates”).
    ! Exemplos não restritivos, de diversos pontos de amostragem em equipamentos comuns: